A coordenação de projetos em BIM está ganhando cada vez mais espaço nas obras que buscam qualidade, previsibilidade e colaboração real entre todas as disciplinas envolvidas.
Com o avanço das ferramentas e dos processos, surgem diferentes formas de organizar essa coordenação: modelos tradicionais, metodologias ágeis e formatos híbridos.
Cada um tem seus pontos fortes, mas o essencial é entender como essas abordagens se encaixam no contexto específico de cada projeto.
Sendo assim, entendemos que fluxos de trabalho bem estruturados influenciam diretamente a qualidade e a eficiência das entregas.
A partir do exemplo prático da DIM Inteligência em Projetos — que combina práticas tradicionais e ágeis —, você vai entender como é possível equilibrar previsibilidade e flexibilidade em uma coordenação BIM eficaz.
Coordenação de projetos BIM: colaboração ao longo do ciclo

Diferente da ideia de que a coordenação acontece apenas no final da fase executiva, ela, na verdade, atravessa todas as etapas do projeto — do estudo básico (BAS) à liberação para obra (LOB).
Durante esse caminho, o projeto vai ganhando maturidade, os riscos vão sendo tratados e os conflitos entre disciplinas precisam ser resolvidos antes de chegarem ao canteiro.
Na prática da DIM, esse processo é organizado em fases bem definidas: BAS, PRÉ, EXE e LOB.
Cada uma delas é dividida em sprints, que são ciclos curtos de produção e validação. Com isso, as entregas são feitas de forma iterativa, com pontos de controle frequentes e participação ativa do cliente.
Essa cadência reduz gargalos e aumenta a qualidade da entrega.
Etapas como reuniões de consolidação, validações técnicas feitas pela construtora, início da marcação de furos e ajustes documentais nas fases finais são momentos-chave dentro do fluxo.
A força da metodologia está em combinar o rigor de processos tradicionais com a agilidade de ciclos curtos e constantes revisões.
O papel da metodologia tradicional
A abordagem tradicional funciona especialmente bem em projetos com escopo bem definido e poucas chances de mudança ao longo do caminho.
Aqui, as etapas são executadas de maneira linear, com marcos de entrega fixos. Revisões e compatibilizações costumam ocorrer ao final de cada fase.
Essa previsibilidade é uma vantagem em contratos fechados, como em obras públicas ou projetos com prazos rígidos.
No entanto, há um risco: como os ajustes acontecem tardiamente, problemas não detectados nas etapas iniciais podem se acumular e causar atrasos significativos no final.
Mesmo assim, para muitos contextos, esse modelo oferece a segurança necessária para garantir que o escopo e os custos sejam mantidos sob controle desde o início.
A eficiência da metodologia ágil
Nos últimos anos, o BIM se beneficiou muito da incorporação de princípios ágeis, especialmente inspirados no Scrum.
Em vez de esperar a conclusão de grandes etapas, o projeto é dividido em pequenos pacotes — seja por disciplina, pavimento ou tipologia — que são organizados em um backlog visível para todos.
As tarefas são executadas em sprints curtos, geralmente de duas a quatro semanas. Ao fim de cada sprint, há uma análise crítica, validações parciais e ajustes antes de seguir para o próximo ciclo.
Essa abordagem permite identificar e corrigir problemas no momento em que surgem, mantendo o projeto em constante evolução.
O cliente acompanha o andamento de perto, validando entregas parciais e evitando surpresas ao final. Com o apoio de ferramentas como quadros Kanban, cronogramas visuais e plataformas digitais como a Coordly, todo o processo se torna transparente e colaborativo.
A metodologia ágil é especialmente indicada para projetos com muitas variáveis, diferentes partes interessadas e escopos sujeitos a mudanças.
O melhor dos dois mundos: o modelo híbrido
Diante das limitações das abordagens puramente tradicional ou ágil, muitas equipes estão adotando modelos híbridos.
Esse é o caso da metodologia desenvolvida pela DIM Inteligência em Projetos. Ela organiza o trabalho em fases tradicionais, mas dentro de cada uma delas aplica sprints ágeis.
Com essa estrutura, é possível ter objetivos claros e bem planejados para cada fase, ao mesmo tempo em que se garante a flexibilidade de revisar, ajustar e validar o que está sendo feito em ciclos curtos.
A cada sprint, há validações com o cliente e a construtora, ajustes baseados em feedbacks reais e melhoria contínua da entrega.
Esse modelo é ideal para projetos complexos, com diversas disciplinas interagindo ao mesmo tempo.
Os sprints permitem resolver conflitos de forma rápida, antes que cresçam, e o planejamento macro garante que o escopo e os prazos sejam respeitados.
Como a tecnologia potencializa a coordenação
A coordenação de projetos exige organização detalhada. Controlar tarefas, prazos, entregas, revisões e responsáveis pode se tornar uma tarefa caótica sem o apoio das ferramentas certas.
Nesse cenário, o uso de plataformas digitais como a Coordly faz toda a diferença.
Com a Coordly, é possível acompanhar o andamento de cada sprint por meio de painéis visuais, acessar o backlog de tarefas e distribuir responsabilidades de forma clara.
A plataforma registra todas as versões dos arquivos, armazena o histórico de alterações e permite anexar documentos e comentários técnicos diretamente nas tarefas.
Além disso, com funcionalidades como controle de acessos, geração automática de QR codes e notificações personalizadas, a plataforma facilita a comunicação entre os envolvidos e garante que nada se perca no meio do caminho.
O uso de tecnologia não é um diferencial — é uma necessidade para garantir rastreabilidade e eficiência.
Um bom fluxo define a qualidade da entrega
Em qualquer projeto, a coordenação é um dos fatores decisivos para o sucesso.
E essa coordenação precisa ser estruturada desde o início, com fluxos de trabalho claros, papéis bem definidos e um modelo que se adapte à realidade da obra.
A metodologia da DIM mostra que é possível unir a previsibilidade dos métodos tradicionais com a agilidade das abordagens iterativas.
Com a ajuda de ferramentas como a Coordly, a execução ganha ritmo, os conflitos são tratados no momento certo e o cliente se mantém informado e envolvido.
Seja qual for o tamanho ou a complexidade do seu projeto, pense no fluxo de coordenação como uma peça-chave da sua estratégia.
Porque uma boa coordenação não entrega apenas projetos compatibilizados — ela entrega tranquilidade, segurança e eficiência para todos os envolvidos.